A pequena Eliana chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo aos dois anos de idade com poliomielite, paralisada do pescoço aos pés e quase incapaz de respirar. Um equipamento chamado pulmão de aço deveria salvá-la, mas não pôde reverter a insuficiência respiratória. Os médicos avisaram aos pais: a morte da menina era questão de tempo, pouco tempo! Mas, quase 40 anos depois, ela ainda vive na UTI do Instituto de Ortopedia e Traumatologia no HC, onde aprendeu a ler, escrever, concluiu o ensino médio e estudou idiomas. Com a boca escreve, pinta, usa o celular e o notebook. Conhece o mundo pela internet, pela televisão e, graças a saídas raras e rápidas, pela janela da ambulância. Este trabalho relata suas aventuras e desventuras dentro de um quarto de hospital. Uma história surpreendente, emocionante e escrita com o coração.